A$AP Rocky é declarado inocente em julgamento por suposto disparo contra ex-amigo
Após quase três semanas de julgamento, o rapper A$AP Rocky foi considerado inocente das acusações de agressão com arma de fogo relacionadas a um incidente ocorrido em novembro de 2021. O veredito foi anunciado em 18 de fevereiro de 2025, quando o júri de Los Angeles absolveu o artista por unanimidade após três horas de deliberação.
Rocky (nome real Rakim Mayers) foi acusado de atirar contra Terell Ephron, conhecido como A$AP Relli, durante uma discussão em Hollywood. A defesa alegou que a arma usada era cenográfica e que Ephron, movido por inveja e interesse financeiro, teria inventado a história para extorquir o rapper. A promotoria, por sua vez, não conseguiu apresentar a arma ou provas conclusivas de que os disparos foram reais.
Ao ouvir o veredito, Rocky abraçou sua esposa, Rihanna, que chorou de alívio. Ele agradeceu aos jurados: “Obrigado por salvarem minha vida”. Rihanna, que compareceu a várias sessões do julgamento, levou os dois filhos do casal, RZA (2 anos) e Riot (1 ano), no dia final. Nas redes sociais, ela celebrou: “A glória pertence a Deus. Agradecida por sua misericórdia”.
O promotor Paul Przelomiec destacou que o caso dependia de provar se a arma era real. A defesa, liderada por Joe Tacopina, rebateu afirmando que Ephron plantou invólucros de bala no local e que o próprio Ephron admitiu ter praticado tiro semanas antes do incidente. Testemunhas, como o membro da A$AP Mob Jamel Phillips, corroboraram que Rocky usava uma arma de adereço por segurança.
Se condenado, Rocky enfrentaria até 24 anos de prisão, mas recusou um acordo que reduziria a pena para 180 dias, insistindo em sua inocência. Ele também renunciou ao direito de testemunhar, evitando um interrogatório arriscado. O juiz lembrou ao júri que a legítima defesa seria válida se Rocky sentisse ameaça iminente — argumento usado pela defesa, que alegou que Ephron foi o agressor.
Com a absolvição, o rapper retoma projectos como shows no festival Rolling Loud e um filme com Spike Lee e Denzel Washington. O caso, que gerou comoção internacional, reforçou debates sobre a influência de celebridades no sistema judicial, embora o promotor tenha afirmado: “Fama não coloca ninguém acima da lei”.
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