Lançado a 11 de Julho de 2025, o oitavo álbum de estúdio de Burna Boy, intitulado “No Sign of Weakness”, marca um novo capítulo na trajetória do artista nigeriano. Com 16 faixas no total, o projecto abraça a vulnerabilidade como força, sem deixar de lado o peso e a identidade musical que colocaram Burna no topo da música africana e global.
O álbum apresenta colaborações com Travis Scott, Mick Jagger, Stromae e Shaboozey, equilibrando Afrofusion com elementos de trap, soul e pop alternativo. O título já traz o conceito central: “reconhecer fragilidades, lidar com pressões emocionais e enfrentar a realidade sem máscaras”.
A faixa “No Sign of Weakness”, que dá nome ao álbum, abre espaço para reflexões pessoais. Burna canta sobre cobrança, solidão e exposição pública. A produção é pura e intimista.
Em “TaTaTa” (feat. Travis Scott), o clima muda. É um trap afrofuturista, com Travis a complementar a vibe nocturna da faixa. Já “Empty Chairs” (com Mick Jagger) é um momento inesperado, onde o rock britânico encontra o groove africano, uma colaboração sólida, sem exageros.
Outro ponto alto é “Pardon”, onde Stromae surge com vocais super vibes. É uma faixa para reflexão, com arranjos que lembram músicas europeias eletrônicas e melódicas. Fecha em grande destaques, “Change Your Mind” (com Shaboozey) mistura country alternativo com afrobeat numa fusão que funcionou tão bem.
Diferente dos álbuns anteriores, aqui Burna Boy fala mais de si. As letras giram em torno de autoconhecimento, saúde mental, perdas, identidade cultural e espiritualidade. É um álbum menos político e mais íntimo, algo raro no mainstream africano. Sem se vitimizar, ele reconhece cicatrizes e dores.
A produção do álbum é dividida entre nomes já conhecidos no circuito afrobeat, como Telz, P2J, Burna e colaborações internacionais. Uma produção altamente é limpa, com instrumentais bem elaborados, onde cada beat serve à narrativa do álbum. Apesar da variedade de estilos, o álbum tem coerência estética.
“No Sign of Weakness” é o álbum mais pessoal e maduro de Burna Boy até agora. Ele não quer provar nada para ninguém, apenas mostrar que ser verdadeiro é mais importante que parecer forte. Com 16 faixas bem construídas e participações que agregam valor, o disco consolida Burna como um artista global que continua conectado às suas raízes.
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